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Controvérsia sobre a Torre Eiffel inflama paixões

As preocupações sobre a icônica Torre Eiffel atingem um novo auge com acusações de negligência por parte do governo francês e dos sindicatos

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As preocupações sobre a icônica Torre Eiffel atingem um novo auge com acusações de negligência por parte do governo francês e dos sindicatos. O município de Paris é responsabilizado por não cuidar adequadamente do símbolo nacional, construído entre 1887 e 1889. A entrada da torre já ficou fechada por seis dias devido a uma greve, sendo essa a segunda paralisação desde dezembro passado, quando foi abandonada pelos funcionários no centenário da morte de seu criador, Gustave Eiffel. A falta de manutenção coloca em risco não apenas o monumento em si, mas também a segurança dos milhares de visitantes que a visitam diariamente.

Representantes sindicais fazem um alerta sobre o processo de oxidação que está cada vez mais visível aos olhos dos funcionários, podendo se tornar irreversível. Alexandre Leborgne, o representante sindical, afirma que a torre está há 14 anos sem passar por um processo de restauração e repintura, apesar de ter sido estipulado por Eiffel que isso acontecesse a cada sete anos. As obras, que haviam se iniciado em 2019, foram interrompidas devido à pandemia do coronavírus. Além disso, foi descoberto que a tinta utilizada anteriormente continha altos níveis de chumbo, obrigando a remoção completa e requerendo um controle constante para evitar a contaminação. Até o momento, apenas 30% da torre foi repintada, e os custos operacionais anuais aumentaram consideravelmente, passando de 50 milhões de euros para 92 milhões de euros.

A falta de manutenção não é a única questão a enfrentar. Os sindicatos também reclamam das deficiências nas infraestruturas, que resultam em filas de até três horas para entrar, mesmo para aqueles que já possuem bilhetes. Esses problemas decorrem de um conflito prolongado entre o município e a empresa responsável pela gestão da torre. No último ano, com o fechamento de espaços culturais devido à pandemia, a empresa registrou uma perda de 100 milhões de euros. Para compensar parte desse prejuízo, a empresa está considerando aumentar os preços dos bilhetes em 20% durante os Jogos Olímpicos deste verão, o que pode prejudicar ainda mais a acessibilidade ao monumento.

Essas controvérsias e riscos iminentes não apenas colocam em xeque a integridade física da Torre Eiffel, mas também afetam a reputação de Paris como destino turístico. Com mais de 15 milhões de turistas previstos para os Jogos Olímpicos, é urgente que o governo e o município resolvam esses problemas e garantam a segurança e o cuidado adequado para esse amado símbolo nacional.

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