Que terrível segredo revelaram pinturas rupestres de 5.000 anos no Sudão?

A impressionante descoberta de pinturas rupestres de 5.000 anos no deserto de Atbay, Sudão, revelou um terrível segredo que remonta aos primórdios da civilização humana. Essas pinturas, que representavam barcos e gado, foram encontradas a mais de 60 milhas de Wadi Halfa e das margens do Lago Núbia. A descoberta deixou os pesquisadores perplexos, uma vez que não se esperava que os egípcios ou núbios tivessem se aventurado tão longe no deserto nessa época.

Julien Cooper, da Universidade Macquarie, e Dorian Vanhulle, da Academia Polonesa de Ciências, lideraram a equipe de pesquisa e acreditam que as pinturas sugerem que artistas estiveram no local por um período significativo de tempo. Eles argumentam que a presença de esculturas bem-executadas indica que o clima na região era adequado para sustentar pastagens para o gado e nômades naquela época.

No entanto, a descoberta revelou algo mais sinistro. Cooper explicou que o colapso das monções africanas ocorreu pouco depois de as pinturas terem sido feitas. Isso forçou os nômades a migrar para o sul, em direção ao rio Nilo, onde os primeiros agricultores se estabeleceram e os antigos estados egípcios e núbios começaram a surgir.

Os pesquisadores acreditam que essas mudanças climáticas e migrações forçadas causaram choques demográficos que, por sua vez, deram origem ao Estado egípcio. Eles sugerem que a queda das monções africanas desempenhou um papel fundamental na formação da civilização egípcia antiga.

Essa descoberta destaca a importância da compreensão das mudanças climáticas e suas consequências na história humana. Demonstra como as alterações climáticas podem ter impactos significativos nas sociedades e influenciar o desenvolvimento das civilizações. O estudo das pinturas rupestres e a interpretação desses eventos passados fornecem insights valiosos sobre o passado distante e ajudam a entender melhor o mundo em que vivemos hoje.