Por que os turistas ocidentais escolhem cada vez mais o Iraque para viajar

Recentemente, a jornada de Tommy Driscoll, um influencer de viagem conhecido como "Dude Abroad", originário do Havai, revelou-se uma experiência surpreendente. Durante um tradicional café da manhã iraquiano em um modesto café localizado no coração de Bagdá, ele percebeu que sua aventura estava se tornando surreal.

"Foi tranquilo, calmo e sereno", compartilhou Driscoll à CNN Travel após seu retorno do Iraque em 2024. Embora a vista revelasse um edifício com marcas de balas, simbolizando tempos difíceis, Driscoll ficou impressionado com a transformação do ambiente: "Em tempos de guerra, era perigoso até mesmo ficar ao lado da estrada."

Apesar de ainda existirem narrativas sobre tensões na região, o Iraque vem atraindo um número crescente de viajantes ocidentais, enquanto operadoras de turismo se preparam para explorar terras cheias de marcos históricos, como as ruínas da Babilônia, os pântanos da Mesopotâmia e as montanhas do Curdistão iraquiano.

Ainda que haja aconselhamentos governamentais visando a segurança que desencorajam a visita ao país, o interesse pela nação continua em ascensão. O ministro da Cultura, Turismo e Antiguidades do Iraque garante que o país é seguro e destaca os planos de Bagdá para se tornar a capital do turismo árabe até 2025.

Dados do Departamento de Estado dos EUA categoriza o Iraque com "Nível 4: Não viaje", uma orientação que persiste desde o panorama de violência surgido após a invasão dos EUA em 2003. No entanto, desde a derrota do ISIS em 2017, o Iraque tem experimentado uma relativa estabilidade.

Informações do conselho de turismo da região do Curdistão iraquiano projetam que, até 2030, o local poderá receber 20 milhões de visitantes anualmente. Operadoras turísticas internacionais relatam um aumento de interesse por viagens ao Iraque, fazendo com que o destino se torne cada vez mais atrativo.

Enquanto isso, a presença militar ainda é notável na rotina do país. Driscoll afirmou que, em toda a sua estadia, nunca se sentiu ameaçado. "Ao longo da minha viagem pelo Iraque, fui constantemente recebido com bondade e hospitalidade", ressaltou.