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Por que evitar a compra de imóveis à beira da água? Cinco razões para refletir
Explore as razões para evitar a compra de imóveis à beira da água, desde custos elevados até riscos de inundações e problemas de umidade.

A princípio, casas com vista para rios e lagos parecem extremamente atraentes, mas, na realidade, seu custo é consideravelmente maior. Em vários países e também na Rússia, o preço das propriedades mais próximas a corpos d'água pode ser de 40 a 50% superior em comparação a imóveis semelhantes em locais mais afastados. Por exemplo, um imóvel de madeira com 150 metros quadrados pode ser avaliado em até 15 milhões de rublos, enquanto sua equivalência próxima à água pode chegar a 25 milhões. Apesar de serem mais fáceis de vender devido à valorização rápida, no atual cenário de mercado e com as taxas de juros elevadas, muitos encontram dificuldades em arcar com esses valores.
2. Possibilidade de inundações
Os recentes episódios de cheia de rios nos Urais e na Sibéria ressaltam os riscos que imóveis próximos à água podem sofrer. Especialistas recomendam que os compradores considerem a contratação de seguro para propriedades rurais e estudem com atenção as informações geodésicas da área antes de iniciar qualquer construção. Medidas como a utilização de fundações elevadas e o planejamento de sistemas de drenagem são essenciais para reduzir esses riscos. No entanto, é crucial não esquecer que chuvas intensas podem trazer consequências imprevisíveis, por isso um plano de evacuação deve ser pensado com antecedência.
3. Alta umidade
Residências localizadas à beira d'água frequentemente enfrentam problemas relacionados à umidade excessiva. “Esse fator pode resultar na formação de mofo e corrosão, especialmente em regiões de alta umidade”, observa Nikita Chaplin, presidente da Associação dos Veranistas da região de Moscou. Para evitar esses transtornos, é fundamental investir em materiais resistentes à umidade e garantir uma boa ventilação nos ambientes durante a construção.
4. Restrições legais
Nem todas as áreas próximas a rios ou lagos são adequadas para construção. É essencial analisar com atenção o Código das Águas e o plano de urbanismo antes de efetuar a compra. Diferentes zonas de proteção podem restringir drasticamente as possibilidades de edificação. Ignorar esses requisitos pode levar a complicações, como aconteceu com a famosa cantora Alla Pugacheva, que se viu obrigando a realocar sua sauna devido a essas normas.
5. Gastos adicionais com aquecimento
Imóveis à beira d'água podem demandar maiores investimentos em aquecimento, especialmente durante os meses mais frios. A área ao redor tende a ser menos aquecida, e a presença de ventos pode agravar essa situação. Especialistas recomendam atenção especial à qualidade do isolamento térmico e a evitação de janelas panorâmicas para minimizar os custos de aquecimento. Além disso, é importante considerar a proteção do terreno contra a neve durante o inverno.
Para concluir
Morar à beira da água certamente proporciona um encanto especial, mas é fundamental levar em conta todos os riscos e desvantagens antes de decidir sobre a compra ou a construção em tais locais. Isso garantirá uma escolha consciente e um convívio harmonioso.