O que as viagens inspiram Sharon Stone a fazer?

Sharon Stone é mundialmente conhecida por suas atuações no cinema, mas atualmente ela encontra inspiração em uma paixão diferente: suas viagens pelo mundo para expor suas pinturas em galerias de arte.

A atriz, que já viajou muito na década de 1970 como modelo, agora leva suas obras para serem admiradas em diversos locais ao redor do globo. "Sinto que minhas pinturas trazem uma certa sensação de alegria", revela Sharon Stone em uma entrevista recente à Travel + Leisure, realizada via Zoom.

A arte sempre esteve presente na vida de Stone. Ela cresceu estudando arte com sua tia e continuou a explorar sua paixão na University of Pennsylvania Western District, antes de seguir sua carreira no mundo da moda, em Nova York. Em 2016, Sharon voltou à universidade para se formar em arte e história da arte. No entanto, foi durante o período de isolamento causado pela pandemia da COVID-19 que ela teve tempo para se aprofundar em sua busca artística.

Atualmente, Sharon Stone possui duas novas exposições. A primeira, intitulada "My Eternal Failure", acontece em Berlim, na Galerie Deschler Berlin, até o dia 22 de junho. Já a segunda, chamada "Totem", está localizada em São Francisco, na Gallery 181 do San Francisco's 181 Residences, e permanecerá aberta até o dia 31 de agosto. Anteriormente, ela também exibiu seu trabalho na Gallery 33 em Los Angeles, seguida por uma exposição individual na C. Parker Gallery em Greenwich, Connecticut.

O portfólio de pinturas de Sharon Stone inclui paisagens meditativas e abstrações coloridas, sendo inspirado por grandes nomes da história da arte, como Wassily Kandinsky, Joan Miró e Claude Monet. Suas obras transmitem emoção e são inspiradas por suas viagens a lugares como Jerusalém, França e África, bem como suas reflexões sobre as mudanças climáticas e questões pessoais, como um acidente vascular cerebral que sofreu em 2001, evento que mudou sua percepção das cores.

A exposição "My Eternal Failure", em São Francisco, é composta por 18 pinturas inéditas e funciona como uma homenagem aos seis anos em que Sharon Stone viveu na cidade. Embora ela admita ter sentimentos contraditórios em relação a São Francisco, a atriz afirma que compartilhar suas obras foi terapêutico. "Foram necessários um ano e meio para pintar essas obras, para encarar a realidade, para me encarar completamente e ter a coragem de pendurá-las nas paredes. Gosto do fato de as pessoas se sentirem confortáveis em um espaço com pinturas, de as pessoas ficarem felizes em um espaço com pinturas, e de elas permanecerem ali. Isso me traz muita alegria, e eu volto para casa me sentindo curada", afirma Sharon Stone.

Já a exposição "Totem", em Berlim, é muito especial para a artista, uma vez que marca a estreia europeia de seu trabalho e representa um retorno à cidade que ela adora desde seus tempos como modelo. "Eu realmente queria fazer uma exposição em Berlim. Quando eu era jovem, trabalhava como modelo e costumava morar em Paris, mas trabalhava o tempo todo na Alemanha. Sempre tive a vontade de passar uma noite na Alemanha", revela Sharon Stone.

Quando o assunto são destinos europeus que inspiram Sharon Stone criativamente, ela possui um interesse particular pela Espanha. "Sinto uma espécie de inquietação que me diz para ir até lá", afirma a atriz, que revela ter uma afinidade semelhante pela França. Uma das pinturas de Stone, intitulada "Giverny", com 2,5 metros de altura, foi inspirada em uma visita aos jardins de Monet.

Além da arte, Sharon Stone também mostra interesse em retomar sua carreira como modelo. "Tenho a ideia de continuar de onde Carmen [Dell'Orefice] parou. Ela foi a modelo mais velha, e quero seguir esse caminho", revela a atriz.

No entanto, quando o assunto é seu lugar favorito para viajar no mundo, Bora Bora ocupa um lugar especial no coração de Sharon Stone. "É exatamente como nas fotos que vemos em revistas de viagem", diz ela. "Mas quando você chega lá, pensa: 'Nunca vi nada parecido em toda a minha vida'".