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Norma de consumo de açúcar: quanta doçura você pode comer sem prejudicar sua saúde

Entenda como o açúcar influencia nossa saúde, suas fontes e a importância do consumo moderado, com insights da gastroenterologista Ekaterina Kashukh.

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No nosso dia a dia, muitas vezes não percebemos a quantidade de açúcar que consumimos e como isso afeta nossa saúde. Por isso, é fundamental entender como o açúcar influencia nosso organismo, as possíveis consequências do seu consumo excessivo e qual a quantidade considerada adequada. Para isso, contamos com a ajuda da especialista médica da laboratório "Hemotest", a doutora Ekaterina Kashukh.

Ekaterina Kashukh é gastroenterologista, possui doutorado em ciências médicas e é uma autoridade na área de gastroenterologia.

Desmistificando o açúcar

O açúcar é um dos fontes mais acessíveis e rapidamente absorvidos de energia. A glicose que obtemos do açúcar é essencial para o funcionamento adequado do cérebro, para manter nossa energia física e para uma série de processos bioquímicos em nosso corpo.

Segundo Ekaterina, a falta de glicose pode resultar em dificuldade de concentração e deterioração da memória. Nesses casos, o corpo começa a recorrer às reservas de glicogênio e, quando essas se esgotam, utiliza proteínas e gorduras, o que pode sobrecarregar fígado e rins, resultando em fadiga e irritabilidade.

Açúcar natural versus açúcar adicionado

O açúcar natural é geralmente encontrado em frutas e bagas, enquanto o açúcar adicionado está presente na maioria dos doces, balas e até em produtos como sucos, refrigerantes, molhos, cereais matinais, entre outros.

O consumo moderado de açúcares naturais e adicionados não deve ser uma preocupação. Para pessoas que não têm diabetes ou resistência à insulina, não é necessário eliminar o açúcar totalmente da dieta. Contudo, é importante também evitar excessos.

Os especialistas da Organização Mundial da Saúde recomendam restringir a ingestão de açúcar adicionado a 5-10% do total de calorias consumidas, o que corresponde a cerca de 6-12 colheres de chá por dia para adultos e 3-4 colheres de chá para crianças. Vale ressaltar que isso se aplica não apenas ao açúcar que adicionamos, mas também ao açúcar oculto em alimentos, como ketchup e condimentos.

Ekaterina destaca que as frutas e bagas não devem ser consideradas prejudiciais e seu consumo não necessita de uma contabilização rigorosa.

O equilíbrio é fundamental

É aceitável que 10-20% das calorias da nossa dieta venham de doces, uma vez que o equilíbrio e a diversidade na alimentação são essenciais. Se você consegue controlar seus impulsos e evitar excessos em relação aos doces, pequenas indulgências não causarão problemas.

Por outro lado, se a resistência for difícil, é importante avaliar a qualidade geral da alimentação e garantir uma quantidade adequada de proteínas. Preferir frutas é uma boa escolha, já que a fibra nelas presente ajuda a retardar a absorção de açúcar e evita picos nos níveis de glicose no sangue.

Os riscos do excesso

A glicose é vital para o funcionamento do corpo, portanto, o consumo excessivo de doces pode levar ao acúmulo de gorduras. Embora esse mecanismo fosse crucial para a sobrevivência em tempos antigos, atualmente, o excesso de gordura está associado a riscos de distúrbios metabólicos, diabetes, doenças cardíacas e outros problemas de saúde.

Moderação, não eliminação

As pessoas têm diferentes visões sobre o açúcar: algumas o consomem com prazer, enquanto outras examinam cuidadosamente os rótulos dos produtos. No entanto, especialistas afirmam que não é necessário eliminar o açúcar completamente da dieta, mas sim controlar a quantidade. A completa exclusão do açúcar no mundo contemporâneo é desafiadora, pois ele está presente na maioria dos alimentos. Além disso, restrições excessivas podem resultar em transtornos alimentares.

Portanto, é vital encontrar um equilíbrio razoável no consumo de doces para manter nossos níveis de energia e bons humores.

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