Mensageiro dos deuses: que segredo a antiga múmia do crocodilo egípcio guardava?

O segredo guardado pela antiga múmia do crocodilo egípcio é revelado. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Manchester, liderada por Lydia McKnight, usou tecnologia de imagem 3D para analisar uma múmia de crocodilo egípcio de 2,10 metros de comprimento. Os resultados revelaram um peixe intacto preso a um anzol de bronze dentro da múmia.

A múmia do crocodilo, que está alojada no Museu e Galeria de Arte de Birmingham e tem entre 2.000 e 3.000 anos de idade, também engoliu uma quantidade significativa de pedras pequenas pouco antes de sua morte. Essas pedras, conhecidas como gastrólitos, eram usadas pelo crocodilo para ajudar na digestão dos alimentos e regular sua flutuabilidade. Alguns dos gastrólitos foram encontrados na parte superior do trato digestivo, indicando que o animal os ingeriu na tentativa de decompor o peixe.

Além disso, a equipe de pesquisa conseguiu reproduzir um anzol de bronze semelhante ao encontrado na múmia do crocodilo. McKnight explicou que os egípcios provavelmente usavam um molde de argila endurecida para fundir o metal com carvão, um processo que ainda é semelhante à fundição moderna.

A descoberta desse peixe preso ao anzol de bronze fornece informações valiosas sobre as práticas de pesca dos antigos egípcios e sua relação com os crocodilos. É possível que o crocodilo tenha sido capturado como um troféu de caça, considerado um símbolo de poder e proteção. McKnight acredita que a descoberta mostra como os animais eram usados pelos egípcios em várias formas de rituais e crenças.

No geral, essa análise da múmia do crocodilo egípcio revelou um segredo fascinante sobre a vida e as práticas culturais antigas. O crocodilo tornou-se um mensageiro dos deuses, demonstrando a complexa relação entre os egípcios e a natureza ao seu redor. Essa descoberta destaca mais uma vez a importância da preservação e estudo das múmias antigas para entender melhor a história e a cultura do Antigo Egito.