A Grã-Bretanha está construindo uma das ferrovias mais caras do mundo

A construção de novas ferrovias é um empreendimento de alto custo. Mesmo nas melhores condições, estabelecer um novo trajeto em uma paisagem pode requerer milhões de dólares por milha e levar várias décadas para ser concluído.

A primeira fase do projeto de Alta Velocidade 2 (HS2) no Reino Unido foi estimada pelo governo entre 58,4 bilhões e 70 bilhões de dólares, o que equivale a quase 416 milhões de dólares por milha, tornando-o o mais caro do mundo.

Fatores como a densidade populacional e a topografia impactam consideravelmente os custos de construção. No entanto, países como China e Japão conseguiram implementar novas ferrovias de alta velocidade em suas áreas urbanas congestionadas, fazendo-o a um custo muito menor.

A frustração entre os apoiadores do projeto cresce em relação à forma como está sendo conduzido. O HS2 é percebido como um projeto oneroso que pode não gerar muitas das promessas de benefícios sociais e econômicos.

Diversos especialistas apontam falhas significativas desde os primeiros planejamentos, incluindo a velocidade excessiva para a qual a ferrovia foi projetada e a falta de um debate adequado sobre o trajeto escolhido.

Apesar das dificuldades enfrentadas, o projeto inicialmente contava com apoio como uma maneira de equilibrar o desenvolvimento de cidades menos favorecidas no norte e no centro do país. Entretanto, o HS2 tende a melhorar mais o transporte em Londres do que a beneficiar outras regiões.